quarta-feira, agosto 08, 2007
"Quando ele está fazendo merda é presidente; Quando está prometendo merda é candidato. Quando ele sabe de tudo, é candidato; Quando não sabe de nada, é presidente "
Macaco Simão
sexta-feira, julho 20, 2007
quinta-feira, julho 19, 2007
quinta-feira, julho 05, 2007
Publicado em 05.07.2007
Na topografia da injustiça social no Brasil há relevos que ganham proeminência frente à pobreza. A questão da raça, por vezes travestida do vago e politicamente correto conceito de etnia, é um sintoma da regionalização da miséria. Luta-se por cotas para estudantes negros, a despeito de uma tentativa de incluir – sem qualquer forma de discriminação – todos os estudantes da escola pública. Com isso naturaliza-se no Brasil uma demanda corporativista. Voltada apenas a um grupo, quando todos que são pobres têm dificuldade de acesso às universidades públicas. Por quê?
A resposta de parte do movimento negro é peremptória: o Brasil tem uma dívida história com os negros. Pouco importa se essa dívida deve ser paga com o preço de outra discriminação. Dessa vez com os pobres brancos. Assim, o espírito corporativista de parte do movimento negro elide uma discussão sobre políticas públicas para setorizar o problema da pobreza. Ao invés de priorizar o acesso de todos os estudantes de escolas públicas – o que já incluiria satisfatoriamente os negros, uma vez que a maior parte deles está na escola pública – o movimento negro refugia-se dentro da pele escura para determinar quem será o beneficiário da ajuda do Estado.
Para se beneficiar do sistema de cotas uma pessoa é obrigada a declarar-se negra ou numa versão mais drástica e autoritária deve preencher os requisitos de um certo tipo ideal do negro. Como ocorre no tribunal racial da UnB, conforme o qual é possível, em função de critério supostamente científicos, corroborar ou infirmar a autodeclaração de um indivíduo, numa atitude semelhante àquela adotada pelos nazistas para determinar quem era ou não judeu.
Quem for de pele escura e não comungar com a segregação racial, que discrimina, seja por qual for o motivo, as pessoas entre negras e brancas, pela cor, será, contudo, constrangido a assumir-se negro, a incorporar o discurso racista, pois, do contrário, não poderá participar do referido privilégio. Pior, ela corre o risco de alguém – mais ou menos distante do tipo ideal africano, estipulado por tribunais como aquele da UnB – tomar-lhe a vaga apenas porque compactua da política segregatória e não tem vergonha – por conveniência – de ser agraciado com uma medida discriminatória.
Raciar a lei é assumir que o racismo tem seu lugar, quando conveniente para um grupo. O maior ataque contra os direitos humanos é ratificar o nefasto discurso racial como forma de privilégio de um grupo social em detrimento do resto da população, demarcando, arbitrariamente, uma divisão entre os humanos.
» Érico Andrade M. de Oliveira é doutor em filosofia pela Sorbone e professor da Universidade Federal de Alagoas.
quinta-feira, junho 07, 2007
Troca de Ramo LTDA
Já que a moda é copiar conteúdo do MSN, lá vai mais uma:
Pedrão diz:
Rafolino, se a gente desistisse de informática, a gente ia fazer o quê da vida?
Rafosidade diz:
rapaz...
Rafosidade diz:
trabalho voluntário
Rafosidade diz:
trabalhar em uma ONG
Rafosidade diz:
ajudar o próximo
Rafosidade diz:
:)
Rafosidade diz:
sei lá
Pedrão diz:
E o dinheiro do mingau?
Pedrão diz:
ONG dá dinheiro não.
Rafosidade diz:
é
Rafosidade diz:
aí complica
Pedrão diz:
E se a gente abrisse uma empresa de auxílio às pessoas que querem mudar de ramo?
Rafosidade diz:
rá rá rá
sexta-feira, maio 18, 2007
Noite de Rei
Pedrão diz:
Bicho, falar em queijo podre.
Pedrão diz:
Eu entrei numa história de tomar sopa de noite.
Pedrão diz:
Na hora do jantar.
Pedrão diz: Vê, menino amarelo como é uma merda mesmo..
Pedro H. diz:
maggi
Pedrão diz:
Comprei aquelas sopas semi-prontas da Maggi...
Pedrão diz:
Tomei a primeira na segunda-feira, fiz com água da torneira e acordei no outro dia às 5 da manhã com uma caganeira e uma cólica do caralho!
Pedrão diz:
Aí na terça teve um negócio na casa de Daniel e eu não tomei a sopa.
Pedrão diz:
Na quarta eu fiz outra sopa, só que agora com água mineral.
Pedro H. diz:
kkkkkk
Pedrão diz:
Aí deu certo, tomei e a flora/fauna ficou legal.
Pedrão diz:
Só que ontem de noite eu fiz outra, da mesma da quarta.
Pedrão diz:
E na embalagem tinha escrito: "Para completar sua sopa coloque cubinhos de ricota".
Pedro H. diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Pedrão diz:
Então eu lembrei que Rejane tinha deixado uma ricota lá, botei na sopa e me arrombei, desta vez acordei às 04:00h da manhã, com uma dor insuportável no estômago.
Pedrão diz:
E o pior é que a merda não saía, se é que aquela porra de sopa gera merda.
Pedrão diz:
Fiquei mais de uma hora hoje de madrugada acordado, sentado na porra da bacia...
Pedro H. diz: noite de rei
Pedrão diz:
Pensei em me atirar do prédio umas 3 vezes.
Pedrão diz:
Bicho isso é negócio de corno.
Pedrão diz:
Vou voltar pro velho e bom sanduíche de queijo no jantar.
terça-feira, maio 08, 2007
* Arnaldo Jabor (*)-01 de maio de 2007 *
Sr. Juiz, ainda não sei se a Câmara dos Deputados vai me processar, como
anunciou em plenário o presidente Arlindo Chinaglia.
Mas, caso V. Exa. surja à minha frente de capa negra e cenho severo, quero
que saiba exatamente do que me acusam, pois, nas palavras dos deputados e de
seu presidente, eu teria insinuado que 'os deputados são todos canalhas'.
Portanto, peço a V. Exa. que leia a íntegra de meu comentário na CBN, do dia
24 de abril de 2007:
'Amigos ouvintes, Eu costumo colecionar absurdos nacionais que ouço, vejo ou
leio nos jornais para fazer meus comentários aqui na CBN. Muito bem. Há dias
em que não sei por onde começar. Há tantas vagabundagens neste país que só
mesmo sorteando um assunto.
Eu sorteei um que saiu no jornal O Estado de S. Paulo e acho que foi um
peixe grande.
O amigo ouvinte já deu a volta ao mundo? Não sei se sabe que são 44 mil
quilômetros. Pois bem...
Todos sabemos que nossos queridos deputados têm o direito de receber de
volta o dinheiro gasto em gasolina, seja indo para seus redutos eleitorais,
ou para o motel com sua amante ou seu amante. Pois bem, a Câmara, ou melhor,
você e eu, meu amigo, nós pagamos esse custo, desde que eles levem notas
fiscais para comprovar o gasto de gasosa. Muito bem, de novo. Vai prestando
atenção.
Nos primeiros dois meses da atual legislatura, os deputados, em dois meses
apenas, pediram o reembolso de 11 milhões e 200 mil reais, pagos com a verba
da Câmara.
Os repórteres do Estadão Guilherme Scarance e Silvia Amorim fizeram as
contas e concluíram que entre fevereiro e março, com dinheiro público, os
deputados teriam gasto um milhão de litros de gasolina. Ou seja, essa
quantidade de gasolina daria para dar a volta ao mundo 255 vezes.
São 255 vezes 44.000 quilômetros, que dá a distância de
11.200.000quilômetros .
E a í é que vem a resultante espantosa: A distância da Terra à Lua é de 384
mil quilômetros, ou seja, senhores, senhoras ouvintes, daria para fazer a
viagem de ida e volta à Lua 15 vezes.
Será que eu fiquei louco? Se algum matemático me ouve, verifique se estou
errado. Mas acho que não. E o procurador-geral do Tribunal de Contas da
União,
sr. Lucas Furtado, denunciou-os dizendo que é uma 'forma secreta de dar
aumento de salários que eles não têm como justificar'... Será que o sr.
Arlindo Chinaglia não vê isso ou só pensa no bem do PT? E me digam, amigos,
quando é que vão prender esses canalhas? Quando a PF vai encanar essa gente,
com humilhação? Quando? Ah... desculpe... eles têm imunidades e também foro
privilegiado... É isso aí... amigos, otários como eu...' Esse foi o meu
'crime', Sr.Juiz. Irrefletidamente, escrevi 'os deputados', talvez parecendo
uma generalização; mas é óbvio que me referia aos autores da falsificação de
notas fiscais das viagens interplanetárias e não a todos os parlamentares,
principalmente porque há alguns que respeito profundamente - talvez não mais
que uns 17, já que ultimamente cresceu o número dos 300 picaretas referidos
uma vez por nosso 'grande timoneiro'.
Além disso, Sr. Juiz, quero deixar claro que considero o Legislativo a maior
conquista que nos legou o Império, há mais de 150 anos, fundamental
instituição nestes tempos lulistas, bolivarianos e equatorianos, para
impedir que parlamentares sejam caçados nas ruas como ratazanas grávidas,
como acontece na Venezuela e no Equador.
Sempre defendi o Legislativo, como aconteceu no episódio do petista Bruno
Maranhão, milionário bolchevista que invadiu a Casa. Desafio meus
denunciantes, Meritíssimo, a mostrar uma frase de meus comentários, em que
expresse desejo de que o Legislativo seja enfraquecido. Em 1996, pediram
minha cabeça ao saudoso Luis Eduardo Magalhães, quando falei que 'deputados
do Centrão estavam sendo comprados como num ´shopping center´'. Quiseram
capar-me, Meritíssimo.
Nove anos depois, vimos que eu não estava tão errado assim, com o advento
épico do mensalão, das sanguessugas e dos 'dossiês', seguidos de esfuziantes
absolvições de quase todos (os três últimos foram agora reeleitos e
absolvidos pelo 'povo'). Mas, em todos meus uivos e ganidos, sempre ansiei
pela pureza do Legislativo, contra os políticos que nele entram ou para
fugir da polícia ou para viver num país paralelo, cheios de privilégios, sem
pensar um minuto em nós, que eles deveriam representar.
Em meus devaneios românticos, sonho com Joaquim Nabuco, Tavares Bastos,
Zacharias de Góes, Ruy Barbosa e, mais modernamente, em gente como San
Thiago Dantas, Milton Campos, homens que, quando assomavam à tribuna, o
vulto de Montesquieu brilhava no teto e invadia as galerias.
Meritíssimo Juiz, nesses anos de comentarista nunca tive o sádico prazer de
emporcalhar o nome do Congresso, nem mesmo por falta de assunto.
Neste caso, quando denunciei, junto com o Estadão, essa fraude
intergaláctica, esperava candidamente que as notas fiscais fossem conferidas
e os ladrões punidos. Não imaginava que fossem processar o denunciante, como
se fazia na antiguidade, matando-se o mensageiro de más notícias.
E mais, Meritíssimo, se um dia os nobres deputados apresentarem projetos de
Lei para o bem dos brasileiros, condoídos com a miséria que nos rói, se um
dia eu visse alegorias patrióticas, trêmulos oradores, polêmicas sagradas,
gestos indignados pelo bem do Brasil, meus comentários virariam hinos de
louvor, panegíricos à instituição.
Assim sendo, Meritíssimo, peço a V. Exa. que me absolva, com a mesma
leniência concedida recentemente a grande brasileiros como Waldemar da Costa
Neto, Paulo Rocha, José Janene, e tantos outros...
Agora, se V. Exa. se decidir por minha condenação, peço-lhe um único favor,
humildemente: Condene-me a serviços comunitários, como faxineiro da Câmara
dos Deputados , e garanto a V. Exa. que varrerei a sujeira dos tapetes
verdes, lustrarei bronzes e mármores com o mesmo zelo e empenho que tenho
tido, nos últimos 15 anos, usando apenas as vassouras da ironia e as farpas
do escovão.
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